Como mecanismo adaptativo e cumulativo, a cultura sofre mudanças resultantes de suas diferentes contribuições. Traços se perdem, outros se adicionam, em grande velocidade, que varia de uma sociedade para outra. Dois mecanismos básicos permitem a mudança cultural: a invenção ou introdução de novos conceitos, e a difusão de conceitos baseados em outras culturas.
Há também a descoberta, que é originada pela revelação de algo desconhecido pela própria sociedade e que ela decide adotar. Esta mudança acarreta normalmente em resistência. Visto que os aspectos da vida cultural estão ligados entre si, a alteração mínima de somente um deles pode ocasionar efeitos em todos os outros. Modificações na maneira de produzir podem, por exemplo, interferir na escolha de membros para o governo ou na aplicação de leis. A resistência à mudança representa uma vantagem, no sentido de que somente modificações realmente proveitosas, e que sejam por isso inevitáveis, serão adotadas evitando o esforço da sociedade em adotar, e depois rejeitar um novo conceito. O ambiente exerce um papel fundamental sobre as mudanças culturais, embora não único: os homens mudam sua maneira de encarar o mundo tanto por contingências ambientais quanto por transformações da consciência social. O CICAS estimula a todo o momento a reflexão sobre o meio em que vivemos e as mudanças possíveis através de nossas ações, apresentando questionamentos cotidianos, como o papel e a responsabilidade de cada cidadão na colaboração para a preservação de todo patrimônio público, logicamente de uso comum, que portanto deve ser utilizado assim como conservado por aqueles que o utilizam. Para isso, é necessário um processo continuo de conscientização e de promoção de práticas construtivas, estimuladas pelo convívio e pela valorização e acesso a cultura.
A cultura sempre é imposta pelos vencedores contra os vencidos. Cultura também pode ser barbárie, civilização é também barbárie. Devemos tomar cuidado, devemos cultivar aquilo o que não é opressivo e, assim, também cultivar, antes de tudo, a cultura, a história dos vencidos. A história é sempre escrita pelos vencedores com o sangue dos vencidos, sangue esse derramado que é freqüentemente esquecido e apagado da memória dos povos vencidos.
ResponderExcluirPara realmente ocorrer a Mudança Cultural desejada, devemos sempre tornar à tona a memória apagada dos vencidos. Eis a nossa responsabilidade para com crianças, jovens e adultos.
A cultura, portanto, tem duas faces a da barbárie e a da civilização, optemos pelo lado mais justo, para a construção de um presente e futuro dignos para todos.